Achavam que iam encontrar resposta para os dramas da maternidade?
Não!
Este blog conta a experiência de 2 pais inexperientes que ainda estão aprender a diferença entre body e babygrow.
Prometemos doses de riso e muito amor!
É tudo tão bonitinho, calmo e tranquilo. São duas miúdas lindas e cheia de saudinha, que mais poderia pedir uma mãe? A realidade é muito menos instagramável.
Têm sido dias verdadeiramente duros e desafiantes. Dias que têm posto à prova qualquer sanidade mental que restava nesta família. 😱 (se é que ainda havia alguma!)
Há 4 semanas que não se dorme mais do que duas horas seguidas (e é um luxo!), os finais de dia são verdadeiramente caóticos (é especialmente agradável quando estou sozinha com elas e começam as duas aos gritos!), as viagens de carro fazem-nos querer abrir a porta em andamento e saltar (é incrível como isto pode parecer uma ideia tão boa!) e grande parte dos passeios acabam pouco antes de começarem. ☠️
Claro que a maternidade tem coisas muito lindas e felizes e que ter filhos é a melhor coisa do mundo, rebeubéu pardais ao ninho, mas é também a coisa mais difícil.. e esta está a ser uma fase bem cansativa!!
Acho muito giro procriarem como coelhinhos e terem muitos filhos todos vestidos de igual para a fotografia da Páscoa, mas não contem mais comigo - só aceitarei mais seres vivos cá em casa se forem cor de laranja e viverem num aquário com sistema de alimentação e limpeza automático. 🐡😆 A mãe.
Vamos lá ver se nos entendemos com a história do mimar uma criança recém nascida num post curto mas valente.
Ora bem, então uma pessoa tem um bebé que quando nasce cabe praticamente numa mão e é suposto "não mimar muito porque senão habitua-se mal".
Vamos por partes!
Primeira parte ... o que pergunto é: mas o que significa mimar? - Não lhe devo pegar ao colo quando ele chora? Devo deixar a chorar até que ele, que tem uma consciência dele próprio e uma capacidade de se acalmar enorme, ganhe juízo e pare de chorar? - Também não lhe devo por a chucha se cair durante a noite? Devo ensinar um ser que se assusta com os próprios espirros a por a sua própria chucha. Faz-te um homem pá! - Devo adormece-lo com barulho e no meio da confusão! Porque faz todo o sentido para mim deixar uma criaturinha, que acabou de sair de uma barriga e os únicos sons que conhece são os barulhos estranhos do estômago da mãe com fome, no meio do povo todo a tentar dormir uma sesta descansada. "Ah mas depois não se vai habituar!" - agora a sério - não se vai habituar a quê? A dormir no meio de um festival de música e de um jantar de natal da empresa? Cá em casa dorme-se no silêncio e no escuro, seja bebé ou pai (sim porque a mãe tem sempre que levar com o ressonar do pai).
Outra coisa sobre a qual gostava de refletir é a segunda parte de frase: "depois habitua-se mal". Aqui tento imaginar a minha filha com 20 anos a pedir que a adormeçam ao colo ou que lhe ponham a chucha ou que liguem um rádio porque não consegue dormir sem barulho. Não tive o prazer de ter nenhuma amiga nestes preparos, portanto tento ter empatia e por-me no lugar da pessoa que faz este comentário. Não consigo...
Mas se não é suposto mimarmos os nossos filhos (especialmente quando são bebés bem cheirosos, com peles macias e ainda não são adolescente a cheirar a hormonas, cheios de borbulhas e outras coisas feiosas) então é suposto fazermos o quê com eles?
Agora queres ver que anda meio mundo enganado e o suposto é arranjarmos daqueles berços que abanam e cantam músicas de embalar sozinhos, atiramos o puto lá para dentro, arranjamos umas chuchas que se prendem à língua e pronto vamos à nossa vidinha? Será esta a solução de toda a boa gente que diz "olha tu não o mimes muito que senão estas tramada!"?