O drama da amamentação.
Sou a favor da amamentação, mas para quem o queira fazer. Faz-me alguma comichão haver tantas pessoas com largaaaas dissertações sobre o tema e que acabam por categorizar uma mãe pela quantidade de mamadas que ela deu, dá ou vai dar.
Desde os mais práticos aos mais teóricos e emocionais, são gigantes os benefícios do leite materno o que me leva a querer com muita força ultrapassar as famosas dores e desconfortos iniciais para dar de mamar à minha filha nos primeiros meses.
Mas como nem sempre é possível dar de mamar, por todas as razões e mais algumas (o leite não sobe, não desce, faz feridas, não consegue, não quer, não é UCAL, não é de soja, etc..), temos de encarar a outra opção com mais tranquilidade e menos julgamento para quem de certeza quer o melhor possível para os seus filhos.
A gravidez no geral e especialmente na altura do nascimento já é suficientemente dura e emocional para as mães para ainda ter os/as vários/as filósofos/as de bolso a julgar esta e aquela por querer ou nao querer amamentar os seus filhos.
Frases como "só quem amamenta tem uma ligação especial com o bebé" podem ser devastadoras para uma mulher que acabou de pôr uma criança no mundo, tem as hormonas viradas ao contrário e simplesmente não está a conseguir lidar com o processo de dar de mamar. É porque não somos todos iguais!
É importante também sublinhar que os primeiros 6 meses de alimentação de uma criança são o que o próprio nome indica "os primeiros 6 meses" e ainda resta uma vida inteira de educação alimentar que parece ser muito mais influente e muita gente nem lhe dá o devido valor nem sequer para si mesmo.
Já sei que saímos do trabalho cada vez mais tarde, que a emancipação da mulher está no auge, bla bla bla whiskas saquetas, e que isto tudo torna a vida mais dificil, mas é mesmo importante tratarmos da alimentação que temos em casa. Devemos aprender a cozinhar e a escolher os nossos legumes, carnes, frutas, etc. É um facto muito conhecido que os potes de purés de fruta estão recheados de açúcar e conservantes e não são assim tão dificeis de fazer. As sopas que não são feitas em casa penso que já vêm mastigadas e tudo (é útil porque poupa imenso no tempo e no dentista mas..). As bolachas querem-se com formas divertidas (eu também adoro comer uma cabeça de Mickey ou um mini rinoceronte, é um grande empowerment) mas a grande maioria está carregada de açúcares.
Adiante e controlando as minhas hormonas revolucionárias, seja qual for o método de alimentação escolhido, há mães e mães, há bebés e bebés. No final o que importa é que uma mãe feliz faça um bebé feliz porque o que queremos é que ser mãe não seja mais stressante do que naturalmente é.
A mãe. (Com algumas correções do Pai que visaram o controlo das hormonas da gravidez!)