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Vamos lá ter um bebé!

Achavam que iam encontrar resposta para os dramas da maternidade? Não! Este blog conta a experiência de 2 pais inexperientes que ainda estão aprender a diferença entre body e babygrow. Prometemos doses de riso e muito amor!

Umas palavras sobre as prioridades das grávidas.

O novo decreto-lei diz que todas as entidades “públicas e privadas, singulares e colectivas que prestem atendimento presencial ao público” passam a ter de garantir atendimento prioritário a grupos da população mais vulneráveis. 

Uma lei que era completamente escusada se a população portuguesa fizesse uso ao civismo e ao bom senso. 

Ao principio tinha alguma relutância em dizer alguma coisa e pedir para passar, mas desde que me doem as costas, que os meus pés parecem que se vão desfazer, que o chichi está sempre (mas mesmo sempre) a querer sair e a barriga pesa mais 15 kilos que não quero nem saber. Uma ida ao supermercado a partir das 30 e poucas semanas começa a ser uma missão muito difícil. 

As caixas prioritárias existem precisamente para facilitar a vida às grávidas (aos defecientes e aos mais idosos) e por isso nunca fui de utilizá-las antes do estado de graça. Mas há pessoas que não querem mesmo saber, plantam-se ali, fingem que não estão a ver que estão pessoas prioritárias na fila (olham para as suas compras, para o chão, para o iPhone) - às vezes estas caixas são as que têm mais pessoas, como é possível? 

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www.transitchicago.com/courtesy

Muitas vezes a falta de senso vem dos funcionários dos estabelecimentos que quando estão a trabalhar numa caixa prioritária não olham sequer para as filas para perceber se há pessoas realmente prioritárias que devem ser chamadas em primeiro lugar. Muitas vezes temos que ser nós a pedir a 10 pessoas que estão à nossa frente se não se importam que passemos à frente (porque elas continuam com os olhos enfiados no iPhone!).

No outro dia parei numa bomba bastante populada da A2 para ir à casa de banho (do algarve a lisboa sou capaz de parar umas 5 ou 6 vezes) e ponho-me no final da fila da casa de banho das mulheres que ia quase até à rua. À minha frente estavam mulheres de todas as idades (crianças, jovens, adultas e idosas), todas repararam na minha barriga (até porque está bem visível) e não houve uma única alminha que tivesse o bom senso de me deixar passar à frente. Mas a maior parte delas já tinha de certeza passado pelo drama do chichi que parece que vai sair a qualquer momento e, mesmo assim, enfiam os olhos nos seus iPhones e fazem-se de mortas. 

 

Mas porque nem tudo é mau, ir tratar de burocracias à segurança social nunca me deu tanto prazer!

A mãe.

 

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