Amiguinhos é que mandam nisto.
Quando o bebé nasce ninguém avisa de uma data de coisas, a verdade é essa! Uma dessas coisas é o tipo de amizades que a nossa cria vai ter e de que forma serão tão importantes na vidas dela. Estou claro a falar do urso de peluche do Winnie the Pooh!
Este monte de pêlo cor de laranja que tem mais um palmo de altura que a nossa filha é por vezes o elemento da família (sim, eu disse que o peluche era um elemento da família...) mais importante para ela. Se chegamos a casa depois de um fim de semana fora ela quase que se atira do nosso colo para cima dele, abre os braços e dá-lhe um Xi-coração sentido de bochecha escrachada no peito do bicho. De seguida eu tento aproveitar o momento de carinho para lhe sacar um abracinho para mim... "dá um abracinho ao pai" que tem como resposta um virar de cara e possivelmente um empurrar de braço do tipo "sai daqui oh meu".
Outro exemplo da importância deste melhor amigo é o facto de quando perguntamos a ela pelo Pooh rapidamente liga o radar e olha á volta como se a vida depende se disso e quando o encontra estica o braço e o dedo indicador com uma rapidez e impulso que parece que vai deslocar o ombro. Mais uma vez eu e a mãe tentamos capitalizar o momento para nós "E o pai, onde está o pai?"... zero, nem dedo nem braço nem sequer uma reação facial, olha para mim como se eu fosse um bocado de rocha que ali apareceu.
E se o Pooh é o irmão mais velho então o Nenuco com 20 e tal anos que era da mãe e que nós tão criativamente apelidámos de "bebé" é a irmã mais nova. Tem direito ao mesmo excitamento de braços quando se pergunta por ela e também leva uns abracinhos sem fazer nada por isso. A diferença é que a bebé leva porrada que ferve e é arrastada pela sala pelos pés enquanto a nossa exploradora navega a divisão da casa.
A pergunta que eu coloco é a seguinte, todos os amigos vão ser mais importantes que eu sempre, a vida toda? Até os inanimados?!
O pai.