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Vamos lá ter um bebé!

Achavam que iam encontrar resposta para os dramas da maternidade? Não! Este blog conta a experiência de 2 pais inexperientes que ainda estão aprender a diferença entre body e babygrow. Prometemos doses de riso e muito amor!

Amiguinhos é que mandam nisto.

Quando o bebé nasce ninguém avisa de uma data de coisas, a verdade é essa! Uma dessas coisas é o tipo de amizades que a nossa cria vai ter e de que forma serão tão importantes na vidas dela. Estou claro a falar do urso de peluche do Winnie the Pooh!

 

Este monte de pêlo cor de laranja que tem mais um palmo de altura que a nossa filha é por vezes o elemento da família (sim, eu disse que o peluche era um elemento da família...) mais importante para ela. Se chegamos a casa depois de um fim de semana fora ela quase que se atira do nosso colo para cima dele, abre os braços e dá-lhe um Xi-coração sentido de bochecha escrachada no peito do bicho. De seguida eu tento aproveitar o momento de carinho para lhe sacar um abracinho para mim... "dá um abracinho ao pai" que tem como resposta um virar de cara e possivelmente um empurrar de braço do tipo "sai daqui oh meu".

 

Outro exemplo da importância deste melhor amigo é o facto de quando perguntamos a ela pelo Pooh rapidamente liga o radar e olha á volta como se a vida depende se disso e quando o encontra estica o braço e o dedo indicador com uma rapidez e impulso que parece que vai deslocar o ombro. Mais uma vez eu e a mãe tentamos capitalizar o momento para nós "E o pai, onde está o pai?"... zero, nem dedo nem braço nem sequer uma reação facial, olha para mim como se eu fosse um bocado de rocha que ali apareceu.

 

E se o Pooh é o irmão mais velho então o Nenuco com 20 e tal anos que era da mãe e que nós tão criativamente apelidámos de "bebé" é a irmã mais nova. Tem direito ao mesmo excitamento de braços quando se pergunta por ela e também leva uns abracinhos sem fazer nada por isso. A diferença é que a bebé leva porrada que ferve e é arrastada pela sala pelos pés enquanto a nossa exploradora navega a divisão da casa.

A pergunta que eu coloco é a seguinte, todos os amigos vão ser mais importantes que eu sempre, a vida toda? Até os inanimados?!

O pai.

A data de chegada.

Continuamos à espera e como nós está toda a gente... família mais próxima, família mais afastada, melhores amigos, amigos da escola, da faculdade, do trabalho e de outros tempos ... conhecidos com quem em tempos já trocámos umas palavras sobre um tema específico e pairam agora pelas nossas redes sociais como se fossem fantasmas (muito queridos tipo o Casper) que de vez em quando aparecem sob a forma de like ou comentário.

 

Resumidamente, está tudo à espera que a miúda venha cá para fora e ela teima em não sair!!

 

É muito engraçado porque nota-se uma grande vontade que ela nasça "Bora lá Di!; Despacha-te Miúda!; Vamos a isso!; Está quase, força!". Esta é uma sensação óptima, sentir que não somos só nós que estamos com vontade que ela venha conhecer o mundo. Temos a sorte de ter dos amigos mais selvagens aos mais emocionais e todos reagem de alguma forma carinhosa e uma pessoa sente-se preenchida com este amor que ninguém tem vergonha de exprimir porque se trata de um bebé.

 

É também neste momento que algumas das vontades pessoais vêm ao de cima e misturam-se rapidamente com o desejo de a ver. Então de uma forma muito carinhosa passam uma mão pela barriga e dizem-nos a nós ou directamente à Diana coisas que nos fazem rir à gargalhada!

 

"Na próxima semana não dá Diana, na próxima semana vou pintar a casa e remodelar a sala."

"Já agora aguenta-te mais um bocadinho que eu estou com uma gastrite e o miúdo está com febre."

"Tenho exame segunda, quarta e sexta. Bom bom era nasceres na próxima terça."

"Vamos para Londres na terça e só voltamos para a semana, aguenta-te até lá."

"Agora vou para a fisioterapia, às 18h00 podes nascer!"

 

 

E isto é muito confuso para uma criança, por isso já temos um google calendar para ver se conseguimos organizar o dia e a hora. Arranjámos uma comunicação simples de um pontapé para SIM, dois para NÃO e três para "INTERVALO PARA O CHOCOLATE" para combinarmos com a Diana e conseguirmos fazer a vontade a toda a gente. Até agora a negociação corre nos trinques e, ou bem que entendemos mal os pontapés, ou ela está a ser bem levada.

 

A mãe e o pai.

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